
Quem nunca sonhou em dar um up na carreira, aprender um novo idioma ou viver uma aventura em terras distantes? As vezes a própria carreira conduz à mudança. A decisão de sair do Brasil muitas vezes vem cheia de esperança e coragem. Mas, entre os planos e a realidade, existe um oceano de desafios que nem sempre estamos preparados para enfrentar.
A saudade de casa bate forte. Não é só da família e dos amigos, mas daquele cheiro de café passado, do abraço apertado da mãe, do riso fácil em português. E, quando a distância aperta, os relacionamentos podem ficar frágeis. Como manter um namoro ou amizade quando o fuso horário e a rotina pesada parecem conspirar contra?
E aí vem a adaptação cultural. Você se vê em um lugar onde tudo é diferente: o clima, a comida, as expressões, o jeito de ser das pessoas, as regras burocráticas, o sistema de saúde... Às vezes, até o seu sorriso parece não combinar com a seriedade do novo país. E, claro, há o desafio de se expressar em uma língua que não é a sua. Quantas vezes você já se sentiu diminuído por não conseguir se comunicar como gostaria? Ou ainda, muitas vezes a adaptação exige passar por trabalhos aos quais você não estava acostumado (a), o que pode ser uma grande aprendizado, mas com muitos desafios. Entre esses desafios podem constar a dificuldade financeira ( quando muitos sonham que será melhor no exterior), criando a necessidade da adaptação de qualidade de vida e consumo.
Essa jornada pode mexer profundamente com a autoestima e a identidade. Quem sou eu aqui? O que eu estou fazendo longe de casa? Será que valeu a pena? Essas perguntas podem ecoar na mente, trazendo angústia e solidão. Nesse momento, é possível que a pessoa perca de vista o horizonte onde essas dificuldades podem ser superadas e a experiência se tornar mais leve. Não é incomum o desejo de desistir de tudo nesse período.
Aos 25 anos, vivi em Londres e senti na pele o que é estar longe de casa, enfrentando os desafios de uma nova cultura, de um idioma diferente e de empregos que não refletiam minha formação. Foi uma experiência transformadora, mas também cheia de altos e baixos. Hoje, como psicóloga que já atendeu diversos brasileiros no exterior, entendo que cada história é única, mas também reconheço os padrões que nos unem.
A psicoterapia pode ser um espaço seguro para você ressignificar essa jornada. Um lugar onde você pode falar sobre suas dores, medos e frustrações sem julgamento. Onde você pode se reconectar com você mesmo, fortalecer sua autoestima e encontrar estratégias para lidar com os desafios da adaptação. Pode também ser fundamental para que você não tome decisões precipitadas , movido (a) pelas emoções.
A solidão muitas vezes aumenta ainda mais por não querer preocupar familiares distantes com as dificuldades e dores que enfrenta. Mas você não precisa enfrentar tudo isso sozinho! Na psicoterapia você pode encontrar um espaço acolhedor e livre de julgamento, com apoio profissional e orientações para enfrentar a adaptação cultural.
Se você está passando por dificuldades como imigrante, agende uma sessão e vamos, juntos, transformar essa jornada em uma experiência de crescimento.
Porque, no fim das contas, a maior viagem que podemos fazer é a que nos leva de volta para nós mesmos.
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